03 abril 2006

O FLA X FLU da Igreja


A história da Igreja é repleta de episódios que nos fazem admirar muitos e refutar um outro tanto de pessoas que, na nossa analise, não souberam como lidar com a verdade do evangelho. Somos rápidos para eleger nossos heróis da Igreja, temos até um capitulo na bíblia que denominamos de os Heróis da Fé. Com muita facilidade descrevemos quem é e quem não é, quem fez e quem negligenciou.

Essa atitude vem encobrir um aspecto mais profundo do que o simples, “Eles não entenderam o mover de Deus”! Percebemos que na história da Igreja, desde de sua origem, acontecia um fenômeno que vou chamar de Repressão Mútua das Gerações. Isso mesmo, parece que estamos num constante FLA X FLU. As vezes, somos a nova geração, mas ai aparecem outros e nos tornamos o antigo, o que era. Em um momento estávamos sendo o novo, mas depois somos apenas o que não conseguiu “mudar”.

Nessa situação temos duas posições. A primeira é dos que estão chegando, representando o novo. Geralmente vem com uma palavra de “revelação” da última novidade da Nova Jerusalém. Eles removem todos os marcos que foram colocados, dizendo que agora não precisamos mais disso. De outro lado temos os que eram a novidade, e perceberam que esse negocio de ser novidade passa mais rápido do que a sua condição de assimilar o fato de ser novidade. Os que representam o velho, podem até aceitar os novos, as vezes até politicamente, pois gostaram daquele tempo onde eles eram o novo, ou podem aceitar os novos como uma forma de dizerem, “Eu também já fui assim”.

De outro lado, esses chamados de novos ficam querendo encontrar suas raízes, mesmo que inicialmente refutaram o que hoje é chamado de velho. Derrepente, esse novo percebe que sua raiz ta no velho, e ele então, ou entra em crise, pois percebeu que não é tão novo assim, ou externa esse velho que mora no novo.

Meu Deus, não tenho outra conclusão para esse artigo, senão que, precisamos desesperadamente entender o que Deus vem realizando em sua Igreja. Nos, como discípulos dessa geração precisamos discernir que existe um propósito eterno de Deus. A Igreja precisa olhar para as obras do Senhor e contemplar como Ele sabiamente orquestrou seu plano mestre, o qual é, nada mais nada menos, do que revelar seu amor a humanidade.

Enquanto gastamos tempo no FLA X FLU evangélico, somos tentados a simplesmente provar que “eu sou o novo”, ou talvez, “o velho é que é bom”. E ai, perdemos uma grande oportunidade de trabalharmos em sintonia com o mover de Deus para nossa geração.

Queridos, em Deus, como dizia Agostinho, não existe velho e não existe novo. Ao vivenciarmos algo para nosso tempo, estamos apenas provando da graça de Deus revelada para aquele momento. Não existem heróis, existem apenas discípulos de Jesus que ousaram vivenciar a presença de Deus em sua geração. E essa ousadia não está sozinha, ela está cercada de crises, valores, momentos, circunstancias que se tornaram parte da vida de quem ousou a ser o novo, que depois vira velho. Será que chamaríamos o que aconteceu com Davi de velho. Jamais! Porem, também não chamaria de novo, pois sempre existiu.

Viver profeticamente é viver entendendo como Deus opera e como Ele está operando. Ser profético e saber de onde você foi retirado, onde você foi colocado e onde Deus te colocará. Muitos dizem que eu represento o novo, mas na verdade acho que represento o velho. Porém, isso não importa, o que importa é que sou alguem para Deus, e isso é que me da alegria, ou seja, ser alguém para Deus na minha geração. Novo, velho, isso já não importa mais.

3 comentários:

Anônimo disse...

Legal...gostei do texto....

max soares disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
max soares disse...

kra tenho vivido isto na minha comunidade cristã, e te confesso que esse fla é muito doloroso, tantos e mais tantos saindo de campo machucados, outros abandonando tudo, entrando profundamnte na sua metafora, e os que se dizem catolas disso tudo, so querem a renda do publico...