“Irmão, desculpa por não ter podido te salvar”.
Foi com essa frase que a menina de 13 anos se despediu do corpo do seu irmão mais novo, que foi arrastado pelas ruas sangrentas do Rio de Janeiro até a morte, bárbara e grotesca. Fiquei tão indignado que chorei.
Chorei pela familia que saiu de casa para viver a barbarie carioca.
Chorei, de raiva. Sim. Raiva desse tipo de gente que mata por prazer e aventura.
Chorei, porque pensei que poderia ser minha filha.
Chorei em saber que muitos culpam apenas o capitalismo por tal crueldade e anulam o poder de decisão daqueles idiotas, os quais deliberadamente agrediram aquela familia.
Chorei, consternado com as ONGs que conclamam a sociedade para observar os direitos humanos desses covardes mas que se calam diante de uma atrocidade dessa.
Chorei em lembrar que moro nesse mudo e que isso é assim mesmo. Pelo menos aqui nessa terra Brasilis.
Chorei.
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