25 dezembro 2010

O Natal Marginal

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Somos uma Igreja que assume a tradição natalina e celebra de forma intensa esse momento que de certa forma une a cristandade em volta do nome de Jesus. Mesmo sabendo que muito dessa tradição foi substituída pelo consumismo e, no momento atual, até tentam retirar Cristo do centro da comemoração, ainda assim assumimos uma postura histórica de celebrar o nascimento de nosso Salvador e Redentor.

Contudo, gostaria de meditar sobre como o primeiro Natal foi um evento marginalizado, pelo menos naquele momento. Vejamos!

Primeiramente temos uma situação que na cultura religiosa hebraica era bem complicada: uma adolescente virgem, ainda não “conhecida” por seu marido dizia-se grávida. Ora, José poderia ter entregado-a de volta a sua família, e segundo a tradição levítica ela poderia ser apedrejada. A reação de José também pode ser considerada como um ato que o colocaria em uma posição complicada. Ele assume a jovem como esposa e com isso assume toda a “desonra” da situação. Sua família poderia rejeitá-lo, inclusive persegui-lo.

Podemos citar também que o local do nascimento do Menino Deus foi de todo um “escárnio” se comparado as pompas do nascimento de um monarca. Um cocho? Em meio a animais? Lugar fétido e sem higiene! Mas foi nesse lugar marginalizado que nosso Redentor decidiu encarnar.

Por fim o que mais me impressiona foi a adoração dada ao menino Deus pelos Sábios do Oriente. Ora, fica evidente que eles não eram hebreus e professavam outra fé. A experiência de encontrar o Cristo veio através de uma revelação astrológica, previamente conhecida daqueles homens. Nada podia ser mais marginal, que corre à margem, do que o Messias do povo judeu ser adorado e reconhecido como tal por um outro povo, de outra religião!

Que nesse natal nossos corações fiquem atentos ao mover não religioso do Espírito de Deus, que se move e alcança quem quer, onde quer e como quer!

Rev. Gerson Freire

06 novembro 2010

Teste

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27 outubro 2010

Carta do Mestre FHC

Saiu em alguns jornais domingo passado....leiam e tirem sua conclusões.

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SEM MEDO DO PASSADO
Fernando Henrique Cardoso

O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades. Para ganhar sua guerra imaginária, distorce o ocorrido no governo do antecessor, auto glorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos. Por trás dessas bravatas está o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. Houve quem dissesse "o Estado sou eu". Lula dirá, o Brasil sou eu! Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita. Lamento que Lula se deixe contaminar por impulsos tão toscos e perigosos. Ele possui méritos de sobra para defender a candidatura que queira. Deu passos adiante no que fora plantado por seus antecessores. Para que, então, baixar o nível da política à dissimulação e à mentira?
A estratégia do petismo-lulista é simples: desconstruir o inimigo principal, o PSDB e FHC (muita honra para um pobre marquês…). Por que seríamos o inimigo principal? Porque podemos ganhar as eleições. Como desconstruir o inimigo? Negando o que de bom foi feito e apossando-se de tudo que dele herdaram como se deles sempre tivesse sido. Onde está a política mais consciente e benéfica para todos? No ralo.

Na campanha haverá um mote "o governo do PSDB foi "neoliberal" " e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social.
Os dados dizem outra coisa. Mas os dados, ora os dados…... O que conta é repetir a versão conveniente. Há três semanas Lula disse que recebeu um governo estagnado,sem plano de desenvolvimento. Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da lei de responsabilidade fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobras, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal. Esqueceu-se do fortalecimento do Banco do Brasil, capitalizado com mais de R$ 6 bilhões e, junto com a Caixa Econômica, libertados da politicagem e recuperados para a execução de políticas de Estado.
Esqueceu-se dos investimentos do programa Avança Brasil, que, com menos alarde e mais eficiência que o PAC, permitiu concluir um número maior de obras essenciais ao país. Esqueceu-se dos ganhos que a privatização do sistema Telebrás trouxe para o povo brasileiro, com a democratização do acesso à internet e aos celulares, do fato de que a Vale privatizada paga mais impostos ao governo do que este jamais recebeu em dividendos quando a empresa era estatal, de que a Embraer, hoje orgulho nacional, só pôde dar o salto que deu depois de privatizada, de que essas empresas continuam em mãos brasileiras, gerando empregos e desenvolvimento no país.
Esqueceu-se de que o país pagou um custo alto por anos de "bravata" do PT e dele próprio. Esqueceu-se de sua responsabilidade e de seu partido pelo temor que tomou conta dos mercados em 2002, quando fomos obrigados a pedir socorro ao FMI com aval de Lula, diga-se para que houvesse um colchão de reservas no início do governo seguinte. Esqueceu-se de que foi esse temor que atiçou a inflação e levou seu governo a elevar o superávit primário e os juros às nuvens em 2003,para comprar a confiança dos mercados, mesmo que à custa de tudo que haviam pregado, ele e seu partido, nos anos anteriores.
Os exemplos são inúmeros para desmontar o espantalho petista sobre o suposto "neoliberalismo" peessedebista. Alguns vêm do próprio campo petista. Vejam o que disse o atual presidente do partido, José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobrás, citado por Adriano Pires, no Brasil Econômico de 13/1/2010:
"Se eu voltar ao parlamento e tiver uma emenda propondo a situação anterior (monopólio), voto contra. Quando foi quebrado o monopólio, a Petrobrás produzia 600 mil barris por dia e tinha 6 milhões de barris de reservas. Dez anos depois, produz 1,8 milhão por dia, tem reservas de 13 bilhões. Venceu a realidade, que muitas vezes é bem diferente da idealização que a gente faz dela".

O outro alvo da distorção petista refere-se à insensibilidade social de quem só se preocuparia com a economia. Os fatos são diferentes: com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total. A pobreza continuou caindo, com alguma oscilação, até atingir 18% em 2007, fruto do efeito acumulado de políticas sociais e econômicas, entre elas o aumento do salário mínimo. De 1995 a 2002,houve um aumento real de 47,4%; de 2003 a 2009, de 49,5%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores, descontada a inflação, não cresceu espetacularmente no período, salvo entre 1993 e 1997, quando saltou de R$ 800 para aproximadamente R$ 1.200. Hoje se encontra abaixo do nível alcançado nos anos iniciais do Plano Real.
Por fim, os programas de transferência direta de renda (hoje Bolsa-Família),vendidos como uma exclusividade deste governo. Na verdade, eles começaram em um município (Campinas) e no Distrito Federal, estenderam-se para Estados (Goiás) e ganharam abrangência nacional em meu governo. O Bolsa-Escola atingiu cerca de 5 milhões de famílias, às quais o governo atual juntou outras 6 milhões, já com o nome de Bolsa-Família, englobando em uma só bolsa os programas anteriores.

É mentira, portanto, dizer que o PSDB "não olhou para o social". Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área: o SUS saiu do papel à realidade; o programa da AIDS tornou-se referência mundial; viabilizamos os medicamentos genéricos, sem temor às multinacionais; as equipes de Saúde da Família, pouco mais de 300 em 1994, tornaram-se mais de 16 mil em 2002; o programa "Toda Criança na Escola" trouxe para o Ensino Fundamental quase 100% das crianças de sete a 14 anos. Foi também no governo do PSDB que se pôs em prática a política que assiste hoje a mais de 3 milhões de idosos e deficientes (em 1996, eram apenas 300 mil).

Eleições não se ganham com o retrovisor. O eleitor vota em quem confia e lhe abre um horizonte de esperanças. Mas se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer.

09 outubro 2010

Amizades Institucionais: o grande constrangimento do Protestantismo

 

Hoje participei de uma iniciativa muito legal. Um grupo de lideres protestantes, gente séria, gente ética, gente boa, estão mobilizando Igrejas e organizaçòes religiossas de cunho protestante pra alcançar objetivos em comum e tbm para aproximar pessoas que trabalham na mesma área.

Eu sempre gostei desse tipo de iniciativa. Serio mesmo!!!! Parece que de alguma forma as pessoas envolvidas na vida eclesiástica estão sempre buscando reencontrar um sentimento de pertença, de unidade, que vem sendo perdido ao longo da História.

Bem, quero analisar esse assunto a partir do fato histórico referente a vida cotidiana das comunidades primitivas de fé. No início das empreitadas de fé de uma comunidade seja na palestina ou na asia menor, ou até mesmo em uma grande cidade mercante do Império Romano, havia a realidade de que havia uma só Igreja. Essa igreja era entendida como pessoas que confessavam a mesma fé e buscavam o mesmo obejtivo. Todos os vínculos de relacionamento estavam pautados em uma mesma base: o que Cristo havia deixado como ensinamento.

Com o advnto da estatização da fé, logo após a morte de Cosntantino, essa comunidade sofre uma perversão e é posta como uma “obrigatoriedade”. O que era comum se torna oficial. Nasce ai o objeto de reflexão desse texto. O cristianismo a aprtir de então traça o limite relacional que agora não era a sã doutrina mas os valores da  Igreja-estado. os que não eram a favor dessa nova ordem agora eram tratados como insensatos e rebeldes.

Veja, a partir desse prisma histórico, trazendo isso para o micro cosmos de uma Igreja local em nossa realidade aqui no Brasil, podemos perceber a mesma dinâmina. Os relacionamentos hoje na Igreja estão masi pautados nos vinculos institucionais do que no valor da revelação do Cristo REssurreto. Hoje encontrar um aamizade é algo raro. Manter uma amizade em uma mudan,a de instituição é quase um milagre.

O encontro de hoje foi uma brisa suave em um coração cauterizado pela crueldade minsiterial eclesiastica protestante. Parece que Deus soprou e está abrindo uma porta….bem, eu cri novamente que será possvel….vou caminhar…vou confiar e Deus…..vou crer pra ver!!!!

Deposi de tantos anos na vida minsiterial, consegui manter alguns amigos preciosos….gente que não está se importando com minhas convicções teologicas ou de vida….gente que aprendeu a gostar de mim..e gente que eu gosto…de graça e pela Graça!!! São poucos, mas eles existem.

Espero que esse novo movimento seja realmente água fresca na vida do protestantismo histórico no Brasil.

Quanto as bagaceiras e trairagem em nome de Deus….(malafaias, macedos e afins), bem, noa estou considerando isso protestantismo….são idiotas que aprenderam a saquear um bando de alienados que não sabem discernir a mao esquerda da direita.

Vou investir no que faz bem rpa alma…em relacionamentos duradouras com gente do bem.

Bem, so um pensanmento!!

 

gf

27 setembro 2010

O Papel do Imperador em Bizâncio

 

justiniano O exercício do poder na sociedade bizantina passava necessariamente pela figura do Imperador. Ele representava de forma direta o centro de convergência de autoridade que da coesão aquela sociedade. Sua identificação com o sol é uma evidência de como essa sociedade atribuiu ao Imperador não somente um cargo político mas um ofício que preservava a existência daquela sociedade. Esse ofício encontrava na tradição romana sua base de formação política e também simbólica.

Ele também era tido como o representante de Deus e comandante-chefe do povo. Existia uma contradição nessa relação simbólica de poder pois o Imperador teria que comprovar seu poder com vitórias militares. Caso não acontecesse ele poderia ser deposto. Isso mostra que a sociedade bizantina aliou a idéia de conquistas militares à afirmação do Imperador enquanto soberano.

Esse Imperadores tinham sua memória preservadas também pela ação da Igreja Ortodoxa que atuava como uma ferramenta de rememorar a vida e feitos desses imperadores, inclusive da suas mortes. Isso colocava essas pessoas em um lugar privilegiado no mundo simbólico dessa sociedade. Era no seu habitat, o palácio, que o Imperador “brilhava seus raios” de resplendor que alcançavam a todos. Esse local torna-se um forte símbolo na formação do poder político e religioso dessa sociedade. O local onde o Imperador habitava era de fato um local onde o poder emanava para os servos e as decisões sobre o destino de Constantinopla eram tomadas e assim conhecidas pela população que mantinha seus olhos fitos nessa “cidade dentro da cidade”. Era através das cerimônias que esse poder era apresentado à sociedade bizantina a qual validava seu representante divino concededo-lhe as honrarias enquanto representante divino. Os imperadores também usavam de meios ousados para que seu poder fosse reconhecido diante de diplomatas de outras nações. AS técnicas variavam entre a ciração de sons estrondosos quando esses diploamtas se prostravam diante do Imperador, até engenhocas que elevavam o trono do Imperador diante dos líderes dessas nações estrangeiras.

Dessa forma, o poder simbólico do Imperador bizantino foi sendo formado na mentalidade dessa sociedade que via em seu líder maior o símbolo do poder e da homogeneidade cultural e religiosa.

 

Gerson Freire – História Medieval

13 setembro 2010

Ética, Moral, moralidades e afins…

O estudo da moral e da ética aparece como um grande desafio em tempos onde as verdades são relativizadas ao conhecimento experimental a tácito. Em um momento quando o ser humano individualista é cada vez mais o centro de imanência da verdade, falar sobre moral e ética torna-se um exercício complexo e instigante.

Os textos apresentados propõem a discussão com duas abordagens distintas. O texto base apresenta de forma pedagógica como o conceito da ética foi sendo desenvolvido a partir do Ethos grego, e continua a apresentar como esse termo foi sendo interpretado pela língua latina. Já o artigo jornalístico faz uma relação entre os fatos cotidianos dessa sociedade e o discurso moral da mesma.

Ética e Moral são termos que estão sempre próximos e carregam sentidos correlatos. Uma existe por causa da outra, no caso, a moral existe posteriormente à ética. Por vez, a moral vem se tornando um instrumento perverso (moralismo) contra a própria ética. Enquanto a moral apresenta um conjunto de valores definidos como plausíveis e de bem comum a ética coloca o limite entre o que é o dever do ente para que o bem comum aconteça.

Em termos valorativos o moralismo torna-se o exercício de um código cultural que promove a ascensão de um grupo em detrimento de outro. Nesse aspecto o moralismo não leva em consideração a universalidade de qualquer valor, desprezando assim a possibilidade de um diálogo ético e criando detentores de uma verdade que aniquila o outro e o coloca em desvantagem.

Contudo, moral pode ainda sim ter sua base na ética. Esse seria o exercício da percepção do que é verdade eterna, universal e construtiva do ser. Quando uma sociedade define que roubar é errado, a partir da relação ética do ato, logo se estabelece uma norma que visa o bem comum baseado no todo e em prol do todo. Nesse caso a moral trabalhou em favor da ética. Isso significa que o ato do roubo é danoso em todas as suas estâncias não devendo fazer parte da conduta daquele grupo.

No aspecto religioso o moralismo torna-se um mecanismo doentio de controle e repressão criando um ambiente hostil na relação comunitária e devocional. O termo apresentado no texto – idolatria da vontade - é brilhante, pois denuncia de fato o que está por traz do moralismo religioso. Nesse aspecto o artigo estudado também corrobora para o entendimento do moralismo. Ao denunciar a relativização de atos fraudulentos o autor aponta para uma conversão necessária quanto se trata de moral e fé. Colocando o moralismo enquanto uma patologia é também uma abordagem interessante. O moralismo é, portanto, a distorção da moral e muitas vezes a negação da ética.

Em tempos de redefinições de valores pra uma sociedade ocidental, que vê suas desgraças dia a dia nos jornais e nas conversas cotidianas, entender como aplicar a definição da ética nas relações interpessoais torna-se necessário e urgente. O artigo da jornalístico estudado faz uma provocação quando trata da interiorização da maldade e e coloca essa atitude como uma forma de percebermos o outro. Esse método apresentado me fez lembrar o comentário de Jesus acerca do que contamina o homem; aquilo que sãi dele. Tereza de Ávila dá uma dica simples, mas profunda, quando se trata de ética: Conhece-te a ti mesmo. A relação do conhecimento do bem e do mal, do que é certo e do que não é certo, faz do ente um campo de possibilidades.

Redefinir o termo moral é tarefa árdua porem não impossível. Um sistema de valores firmados na ética poderiam sim fazer com que a moral fosse repensada. A questão é que a disputa nas relações de poder sempre vai de encontro a esse ideal. Enquanto um grupo, dono de uma moral, quiser subjugar outro, a moral estará fadada ao moralismo e suas doenças sociais. Nesse aspecto sou realista, o que torna minha jornada mais árdua, pois percebo na maldade humana, fruto da queda, uma incessante luta pelo poder, ainda que na micro esfera (Foucault), que faz com que a ética seja um alvo desejado mas nem sempre alcançado.

Contudo, a ética e a moral vividas a partir da espiritualidade sadia e cristocêntrica podem ganhar dimensões marcantes e que reflitam a verdade, ainda que no microcosmo (família, trabalho, relacionamentos). Essa é o exercício da esperança em meio ao caos.

A sociedade posmoderna encontra no termo ética uma possibilidade de se reorganizar, de rever ações que por séculos vem trazendo danos às comunidades. As questões ambientais são um exemplo disso. Nasce uma moral ambiental que agora orienta a atitude de empresas e organizações ao redor do mundo. Qual será o moralismo que essa moral produzirá? Teremos que aguardar pra saber essa resposta.

A busca por uma verdade universal faz com que as sociedades vislumbrem um ponto de convergência, ainda que no mundo das idéias. Esse é o grande desafio desse momento do mundo ocidental, a saber, a relação com essas novas bases morais que vem sendo postas com profundo desejo ético de bem estar, pelo menos a retórica governamental é essa.

Refletir sobre esse assunto é necessário e coloca o assunto na pauta de uma boa formação teológica. Identificar o moralismo religioso é o principio de uma cura desejada por aqueles que amam a liberdade em Cristo. Apresentar um projeto que valorize a moral enquanto ferramenta de aplicação da ética é fundamental para mestres e líderes que ajudam a outros na caminhada de fé.

 

gerson freire

27 julho 2010

Algumas Hi(e)stórias inusitadas 3

Parece que o pessoal ta curintod mesmo…e pra mim tem sido uma diversão relembrar esses fatos…ai vai mais alguns….

 

Que delícia de jantar

 

Estava em casa e por volta das 8 da noite um casal da Igreja onde sou pastor apareceu e disse, “Gerson, queremos te levar pra jantar…escolha o restaurante, qualquer um….” Achei aquilo legal e estranho ao mesm tempo…mas não recusei a proposta..kkkk….escolhi um restaurante japonês perto aqui da minha residência. Bem, durante o jantar o casal começou a me agradecer pela amizade, e carinho e dedicação…e tal e tal…..e no final disseram, “queriamos te honrar nesse aniversário com algo especial…..”…..eu olhei pra eles com um cara de matuto e disse, “fico muito feliz pelo que fizeram e pelo carinho, mas so tem um detalhe…meu niver é em novembro”……eles olharam um pro outro e cairam na gargalhada…..estavamos em julho.  hahahahahahahahah…..

 

 

Chame a Policia

 

Sai do escritorio aquele dia muito cansado…. pensativo fui para o ponto de onibus e percorri o longo trajeot até chegar em casa…. ao chegar, tomei um grande susto, meu carro não estava na garagem…. entrei de pressa em casa e ja contabilizava o prejuizo do roubo…. antes de chamar a policia liguei pra minha esposa e dei a ela a trsite notícia….”Monica, nosso carro foi roubado…cheguei em casa e ele não está na garagem”….kkkkk….minha Monica riu e me lebrou que naquela manhã eu havia ido trabalhar de carro….kkkkkkkkk….. ou sejam o carro estava na garagem do escritorio onde trabalhava…kkkk…..dureza!!!!!!

 

E eu pulei…

 

Talves o fato mais comentado em 2001 foi o pulo que eu dei do palco de um evento em BH. eu estava em extase….feliz com akele movimento todo…várias pessoas tocando juntos….o evento lotado…eu estava de jejum a 9 dias….nirvama emsmo….bem, no final do evento pedi a um pessoal que fizesse tipo uma cama de braços…..corri pro fundo do palco e pulei…kkkkkk…puts…..corri mais do que devia….passei o pessoal e me esborrachei no chao….hahahahahaah….bem, foi terrivel porque quebrei duas vertebras do coluna e aquela noite quase fiquei paraplégico..kkkkkkk……esse fato correu o mundo..kkkk…onde eu ia o pessoal me zuava……hoje conto e dou risada, mas na hora doeu demais…cheguei a desmaiar de dor…kkkkk…..mas valeu….carrego em mim as marcas da “idiotice” por Cristo…kkkkk…

26 julho 2010

Algumas Hi(e)stórias Inusitadas 2

 

Pessoal, segue ai mais algumas dessa aventuras que vivi….

 

Cômico se não fosse trágico

 

Um dia após o acidente da TAM, eu e minha equipe fomos tocar em Rondonia. Passamos por congonhas e a fumaça do acidente ainda estava lá. Foi terrível passar alí e ver o local sendo ainda rescaldado. Bem, no voo de retorno, nosso avião pousaria em Congonhas, mas estava chovendo muito, e o piloto informou que estava indo pra guarulhos….Nessa hora já rolou uma tensão..kkkkk….. eu e o pessoal da equipe tinhamos comprado uns copinhos de chocolate recheados de amarula, estavamos tentando relaxar em meio a todo aquele clima de morte….Bem, havia uma senhora sentada do meu lado no corredor. No momento do pouso ela começou a chorar e dizer, “ai meu Deus, ai meu Deus”…foi aquele clima….ela entrou em panico com o pouso durante a chuva…estavamos a apnas dois dias do aciedente da TAM….Pessoal, o avião pousou bem, deu tudo certo….mas na hora que a dona se levantou do seu assento…putsssss…..tava tudo molhado….a dona se mijou de medo….se levantou e deixou o cheiro pra gente que ficou pra traz…..dureza!!!!

 

Cadê o homem

 

Em um evento em Vinhedo, logo após o final do evento, saímos pra comer uma pizza….O papo estava bom, quando percebemos a falta do tecladista que tocava consco naquele evento…o nome dele era Gideão. Foi uma doidera, pois não vimos ele se levantar da mesa, e agora estávamos todos procurando o cara…sem saber onde ele tinha ido….Meu amigo Cambalhota ficou preocupado pois o cara tinha um histórico de dar umas sumidas..kkkkkk…..foi comédia demais…ficamos lá na pizzaria depois saímos pra dar umas voltas e tentar achar o maluco..kkkkk….bem, depois de uma hora o cara aparece….e diz, “fui dar uma volta pra conhecer o local”……dureza….

 

Como assim?

 

Em 97, fiz uma viagem a Cuba…Fiz conexao nas Bahamas. Quando vi o avião que nos levaria fiquei meio sem jeito..kkkk…era um Aeroflot da segunda guerra mundial, sem compressão com janelas presas com rebites…kkkkk….Bem, respiramso fundo e partimos…a aeromoça fez todo o procedimento padrão…mostrou onde ficava as portas de emergica…e dai mostrou o colete sava-vidas, colocou o colete e mostrou como fazia pra encher o colete com o sopro…..mas aconteceu algo que me deixou inquiéto…a aeromoça não tirou o colete..kkkkk…ela ficou com ele o tempo todo enquanto servia o lanche….ela me disse..”Algo para comer Senhor?"….eu respondi…”Não, perdi a fome”…..kkkkkkkk

Algumas Hi(e)stórias Inusitadas…

 

Olá pessoal. Nesse fds fui a uma pousadinha na Cerra do Cipó celebrar meu aniversário de casamento. Bem, fiquei por conta do tempo….kkkkk….foi muito relaxante e revigorante. Com isso, lembrei de alguns acnotecimentos em minhas andanças por ai muito engraçados e queria dividir isso com vcs… algumas histórias parecem estórias, mas pode acreditar que aconteceu mesmo….vamos lá…

 

O Piquet é Brother…

 

Em um voo retornado de Paris, em 1998, duas garotinhas sentaram ao meu lado. Comecei a conversar com elas e depois de algumas horas de voo descobri que elas eram filhas do Nelson Piquet, e moravam em Monaco. Bem, até ai tudo bem…nada demais..kkkk….

Ao chegar em SP me despedi e fui fazer meu check in… quando estava na fila, vi que a aeromoça que estava com as crianáçs passou por mim com cara de desesperada. eu entao prguntei..”Está tudo bem?”….ela respondeu…”mais ou menos, tenho que ir embora e noa tenho cmo quem deixar as crianças do Piquet até que chegue a hoar do voo”…achei aquilo muito estranho e me dispus a ir até a sala de esperaça de infantes. ao chegar lá encontrei as duas meninas novamente, estavão meio assustadas. a aeromoça me perguntou se eu noa poderia ficar como responsável pelas meninas até a hora doembraque..kkkkkk…..eu tinha tempo de sobra…. entao assinei um documento e fiquei com elas. Leveias pra fazer o check in, e la descobri que haveria de pagar uma taxa de embarque pras meninas..kkkkk…ai ai ai…. paguei…e falei brincado com as meninas…”Fala pro seu pai que ele me deve 50 conto”…kkkkkkkk….. Faria isso por qualquer um naquela situação….ainda mais pro Piquet….ele eh brother..kkkkkkkk

 

Eu sou a Leila

 

Em um restaurante em Atlanta, em 1996, durante as olimpíadas, uma menina alta chegou perto de mim e pediu ajuda na tradução. Eu prontmente ajudei a fazer seu pedido… logo percebi que ela usava um uniforme com o brasão da Seleção Brasileira… perguntei pra ela, “Ohh, você é atleta?”…ela com um sorriso respondeu, “Eu sou a Leila”….eu sorri fingindo qu a conhecia e disse..”Muito prazer eu sou o Gerson”….kkkkkkk

So depois ao chegar a mesa que entendi que era a Leila da seleção de voley do Brasil…Naquela tarde fui convidado pela comitiva e almocei com todo time que estava em uma área reservada.

 

Olhe pela janela Direita

 

Em um voo miami-sao Francisco, em 95, o piloto anunciou pelo sistema de interfone que passavamos por cima de um lago muito conhecido nos EUA. Eu como bom entrangeiro fui ate uma janela mais atraz do avião para ver o tal lago… Uma senhora sentada no outro lado corredor me interpelou, “Acho que você não é daqui…certo?”…eu disse…” Verdade, sou do Brasil”….ela continuou..”Eu ten ho um grande amigo no Brasil….ele é americano mas ja mora la a muito tempo…ele se chama Gregorio”…..eu dei uma risada e continuei…”Bem, se for o gregorio mcnutt eu estive com ele semana passada….”……ficamos atonitos pois se tratava da mesma pessoa….vai entender…..kkkkkk

 

Você de novo?

 

Em abril 2006, fui convidado para minsitrar em Nova York. ao chegar no JFK na área das bagagens, fiquei ali esperando até que toda minha bagagem aparecesse. Bem, ao meu lado estava uma modelo, essas de capas de revistas de moda, não sei o nome dela. A sua bagagem saiu primeiro….tres malas plásticas amarelas…kkkk….Quando a moça tentou pegar uma das malas o feicho rompeu e toda sua roupa foi pro chão…. eu como estava do lado, ajudei ela colocar tudo no lugar…. Conversamos um pouco e ela medisse que estava ali para um desfile e tal…. bem, cada um tomou seu rumo. Em agosto de 2006, fui ministrar no Japão, e minha escala era em Tokio. Estava ali na fila esperadno pra fazer o redespacho de bagagem e quem chega e fica bem atraz de mim?….a Moça, a modelo….. Ela não tinha me visto…dai virei rpa ela e disse…”E ai, o desfile foi legal em Nova York?”….ela meio surpesa respondeu sorrindo…”Você de novo?”….eu respondi rindo mais ainda…”Acho que você está me perseguindo…”….despachamos a bagagem e nos depedimos ….. é mole?

 

Bem…deposi posto mais….essas ai foram as que eu lembrei agora…

 

bjo no coração.

gerson

18 junho 2010

Formação Teológica

shaman

Pessoal, segue abaixo um texto que produzi para uma prova de admissão em um curso de convalidação pelo MEC do meu curso de Teologia. Eu gostei do que escrevi..kkkk….compartilho entã o….abrax

gerson

 

Em tempos quando o evangelho no Brasil vem sendo “vendido” nos canais de comunicação como uma poção mágica para solução de problemas e desembaraços jurídicos e amorosos, discorrer sobre a formação teológica dos pregadores torna-se um exercício necessário e instigante. Entender a necessidade de uma formação teológica sólida e ortodoxa é fator essencial na vida de um pregador atual. Desde o advento da popularização do “evangelho midiático” na década de 1960, a Igreja vem vivendo sob a influência das mais diversas esquisitices teológicas possíveis.
Partindo dessa realidade pode-se apontar quatro fatores importantes para a formação teológica dos atuais pregadores. São eles: 1. Conhecimento histórico, 2. Capacidade de interpretação textual, 3. Capacidade de comunicação das verdades bíblicas e 4. Aplicação dos valores bíblicos no contexto atual dessa sociedade. A formação teológica eficaz levará um pregador a ser não somente um repetidor de jargões do meio eclesiástico, mas formará um agente de comunicação eficaz e relevante da mensagem transformadora do evangelho.
O conhecimento histórico é de suma importância na formação teológica. Um pregador que não conhece a história de sua fé é presa fácil para os ventos de doutrinas que sempre assolam as história da Igreja. Desde o Marcionismo ao Montanismo, ambas doutrinas do século 2, que a Igreja luta com esses ventos de doutrinas, as quais geralmente são denunciadas quando comparadas com a história da fé cristã ortodoxa. Nesse aspecto a formação teológica fará com que o pregador seja exposto ao tempo longo e as permanências da fé cristã. Isso possibilitará uma reflexão que pode ser usada como balizador de sua pregação. Conhecer a história da sua fé é em última análise entender que não há nada de tão novo e também nada que surpreenda a santidade de Deus.
A interpretação do texto canônico é de extrema importância para alguém que queira viver de forma piedosa na pregação do evangelho. A verdade eterna de Deus está ali posta diante de nossos olhos. Por vezes, essa verdade é encoberta pela pouco conhecimento do vernáculo materno das escrituras. Nesse aspecto a formação teológica pode apresentar ao pregador ferramentas textuais e de analise contextuais que o ajudarão a extrair o sentido e o objetivo do texto estudado. Essas ferramentas em nada suplantam mover poderoso do Espírito de Deus que opera tudo em todos e usa a mesma mensagem pregada para falar de forma diferente com quem ele mesmo escolhe para se revelar. Contudo, essas ferramentas usadas com honestidade e temor são de grande valia para a expressão das verdades bíblicas que de fato glorificam Jesus.
Comunicar de forma efetiva e relevante essas verdades bíblicas torna-se um desafio ao pregador atual. Nesse aspecto uma boa formação teológica pode instrumentalizar o pregador de forma que entenda sua audiência e conheça as chaves culturais que melhor comunicam com seu público, com sua comunidade. Ser relevante na comunicação é tão importante quanto ter conhecimento de uma verdade bíblica. Jesus de forma simples e eficaz usou as metáforas da agricultura para comunicar-se com aqueles que estavam ao seu redor. Paulo, o apóstolo, também usou dessas ferramentas ao se dirigir a gregos, a judeus e a autoridades de sua época. Comunicar não se restringe apenas na oralidade. Uma boa formação teológica irá preparar pregadores para usar a língua escrita corrente de sua comunidade em prol do evangelho. Da mesma forma, não se pode deixar de mencionar sobre o poder das artes no processo de comunicação. Um bom pregador do evangelho usará de tudo isso com critério para que aqueles que irão crer sejam alcançados pela maravilhosa graça de Cristo.
Por fim, uma boa formação teológica levará um pregador a ensinar seus ouvintes como podem praticar o que está sendo pregado. Para tal, o pregador precisa conhecer com critério formas de chegar ao coração de seus ouvintes de maneira que gere credibilidade para uma relação de orientação espiritual e de vida. Muitas vezes somos constrangidos com relatos de manipulação de pregadores que de forma leviana conduzem seus rebanhos para seu bel prazer. Que tristeza! Uma boa formação teológica pode minimizar essa possibilidade, não que ela seja eliminada, mas cria um caminho mais transparente na vida de um pregador.
Portanto, uma boa formação teológica, acompanhada de uma vida devocional piedosa e prestação de contas, são aspectos fundamentais para a formação de pregadores do evangelho, especialmente daqueles que fazem tal obra com dedicação e diligência, não por ganância, mas por convicção de um chamado de Deus.

Gerson Freire – Belo Horizonte, 17 de junho de 2010.

13 junho 2010

O Calvinismo como ideologia na Revolução Inglesa

 

Para uma melhor compreensão sobre como ocorreu o fenômeno do Calvinismo que se espalhou por toda Europa tornando-se responsável por grandes mudanças nos campos políticos, sociais, religioso e econômico, faz-se necessário entendermos alguns conceitos. Para isso, buscaremos fundamentar nossa análise bibliográfica em autores como Christopher Hill, Trevor-Roper, Max Weber e Jobson Arruda, entre outros que estão voltados para o tema.

O Calvinismo é entendido tanto como um movimento religioso protestante quanto uma ideologia sociocultural com raízes na primeira reforma protestante na Alemanha, iniciado pelo monge Agostiniano Lutero, em 1517, e depois fundamentada por Calvino que difundia suas idéias pela França, Suiça e Holanda no século XVI. A Inglaterra começou a sentir os efeitos desse movimento, ou seja, dessa transformação que segundo Trevor-Roper foi fundamental para quase tudo que se passou no mundo desde então. Nesse sentido, o historiador inglês Trevor-Roper destaca que a Europa virou "de cabeça para baixo" em termos políticos, econômicos e intelectuais diante do processo da Revolução Inglesa. Para uma melhor compreensão desse processo explicaremos alguns conceitos que estamos utilizando, da mesma forma que achamos muito válido para esse artigo. Decidimos trabalhar com conceito de revolução entendido por Jobson Arruda, onde destaca que:

(...) existe uma revolução desde que as mudanças se operem no interior do sistema de maneira acelerada, tanto ao nível estrutural, quanto ao conjuntural, seja no aspecto econômico, social, seja político. Haverá, pois, uma revolução mesmo que as mudanças aceleradas ocorram em apenas um dos setores considerados, porque a articulação necessária entre eles acaba transferido as mudanças para todo o conjunto.

Nesse sentido, podemos dizer que a Revolução Inglesa foi um processo de cunho político-teológico. Inicialmente foi denominada de Revolução Puritana que teve como principal eixo o confronto entre a Monarquia e o Parlamento agravado pelas divergências religiosas, culminando assim, no conflito armado e início da guerra civil (1642-1649) e logo a seguir na Revolução Gloriosa. O movimento da Revolução Gloriosa se destacou por ter destituído do trono o rei católico Jaime II da Inglaterra da dinastia Stuart e substituído pelo nobre holandês Guilherme, Príncipe de Orange em conjunto com sua mulher Maria II, filha de Jaime II sem que ocorresse derramamento de sangue.

Decidimos usar a nomenclatura no singular visto que apesar de separadas por cortes temáticos ambas fazem parte de um processo revolucionário que foi sendo desenvolvido na Inglaterra do século XVII com uma resultante das contradições e resignificações de um Estado Absolutista que experimentava a mentalidade da modernidade. (Arruda, 1984, p.121)

Inicialmente, gostaríamos de destacar que o protestantismo exercia um grande poder ideológico na sociedade inglesa dos séculos XVI e XVII. Desde a separação política da Inglaterra de Roma emblematicamente conhecida com o rompimento de Henrique VIII com o papa, a Inglaterra tornar-se-ia palco de disputas políticas e religiosas ainda não conhecidas na história da cristandade. Ao romper com Roma, Henrique VIII estaria de forma direta dando suporte ao movimento que havia surgido na Alemanha pelo monge Agostiniano Lutero, em 1517, e agora sendo reescrito por Calvino que difundia suas idéias pela França, Suiça e Holanda. A Igreja que surgia com Henrique VIII abraçaria os ideais calvinistas, preservando a liturgia católica.

A tradução da bíblia para o inglês foi outro fator de destaque como fomentador desse novo momento político-religioso na Inglaterra tanto entre os monarcas como até em discussões cotidianas dos camponeses ingleses (HILL, 2003, p.24).

Essa equação sócio-religiosa foi a base para o surgimento do anglicanismo, o qual encontrou no calvinismo o balizador da interpretação bíblica. A estrutura econômica da Inglaterra nesse momento foi também um fator que acelerou e viabilizou a Revolução. Christopher Hill (1984) em seu artigo para a Revista Brasileira de História aponta que:

(...) este resultado bem como a própria revolução tenham se tornado possíveis porque já tinha havido um desenvolvimento considerável das relações capitalistas da Inglaterra.

Contudo, esse momento sócio-econômico e esse clima constante de contradições vividas por frações dos estamentos criaram uma instabilidade política baseada na propriedade de terras. A terra foi o foco das disputas entre nobreza, clero, senhores feudais, e as novas frações sociais – yomers, levelers, diggers, etc - que surgiam em uma Inglaterra que experimentava a modernidade e suas contradições. Esses conflitos foram permeados pela ideologia religiosa que assumia o papel antes pertencente à Igreja Romana: o protestantismo.

Nesse sentido, é interessante destacar a afirmação de HILL (1984) de que o protestantismo foi um movimento que contribuiu para o desenvolvimento capitalista, visto que a relação com o lucro deixava de ser pecaminosa e tornava-se um sinal da benção de Deus sobre o pequeno ou grande proprietário de terra. Porém, outros fatores políticos, econômicos e culturais que conseqüentemente repercutiram diretamente em processos de transformação acorridos ao longo de toda idade moderna também devem ser considerados.

O sociólogo alemão Max Weber, ressalta que essa mudança se deu por uma razão ética: a moral protestante estava mais predisposta ao espírito capitalista, por infundir no indivíduo mais autonomia intelectual e menos aversão ao lucro. Apesar do historiador Trevor-Roper está de acordo, acrescenta nuances importantes à visão. Para ele, a religião foi um dos fatores, não o único que Igreja Anglicana, fundamentada numa idéia política e não religiosa destacou.

O que é didaticamente conhecida como a Revolução Puritana é, portanto, um movimento burguês, com apoio aristocrático que agora via sua possibilidade de ascensão ao poder. O calvinismo nesse momento dava o suporte ideológico para que os eleitos de Deus se mobilizassem para cuidar da terra que lhes havia sido entregue como promessa divina. Uma reestruturação jurídica faria com que a Revolução Inglesa eclodisse com apoio dessas frações sociais, seja do antigo regime, seja das novas forças sociais que surgiam.

Ao ascender definitivamente ao poder, em 1651, Oliver Cromwel calvinista e agora Lorde Protetor da Inglaterra, estabelece uma república unificando os territórios da Inglaterra, Irlanda e Escócia. Uma de suas ações foi à convocação de uma assembléia de clérigos para reformulação da fé protestante na Inglaterra. Segundo HILL (1984) o controle da igreja, o principal corpo formador de opinião no país era de suma importância, assim como o controle da mídia é nos dias atuais.

Por tudo citado acima, entendemos a Revolução Inglesa como um processo político-teológico que aconteceu no momento em que camponeses, monarcas, aristocratas e clérigos discutiam um novo ordenamento social, mesmo que esse contenha em sua estrutura porções do antigo regime. O calvinismo foi de fato um importante componente no ideário dessa revolução. Desse modo, vimos a Revolução Inglesa como um processo de clivagem sócio-política que mexeu na superestrutura daquela nação colocando assim, essa sociedade em crise.

Por fim, percebemos como politicamente o poder simbólico do discurso teológico foi sendo usado em vários momentos da Revolução, e ao mesmo tempo foi fundamental para o exercício do poder contribuindo para o fortalecimento das práticas capitalistas embrionárias que mais tarde levariam a Inglaterra para uma outra revolução: a Industrial.

REFERÊNCIAS

BIÈLER, André. O Pensamento Econômico e Social de Calvino. São Paulo: Casa

Editora Presbiteriana, 1990.

HILL, Christopher. A Bíblia Inglesa e as revoluções do século XVII. Rio de Janeiro: Civilizações Brasileiras. 2003.

HILL, Christopher. O mundo de ponta cabeça: as idéias radicais durante a revolução inglesa de 1640. São Paulo: Companhia da Letras, 1987. p. 139-140.

HILL, Christopher. A revolução Inglesa de 1640. Lisboa: Presença, 1977. p.85-119.

Hill, Crhistopher. Revista Brasileira. N° 7, São Paulo: Marco Zero – ANDUH, 1984.

WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. 4 ed. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1985.

09 maio 2010

O Teatro que é Mágico…

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Olá gente boa…

Quero relatar aqui minha experiência na noite fria de ontem em BH quando fui asssitir o espetáculo do Teatro Mágico.

Eu já havia ouvido falar do trabalho, e pra ser sinceo tinha um pouco de preguiçaem conhecer melhor, visto que não sou muito fan de artes circenses….Porém, meu amigo cambalhota me convidou, e com um QI forte la dentro, ele conseguiu duas entradas free pro evento.

Oha, ainda bem que fui!!!!  Realmente foi mágico….cativante, emocionante, musicalmente instiganete….engraçado….

Minhas impressões: Primeiramente fiquei impressionado com o público. Uma massa de universitários que com caras pintadas, nariz de palhaço, cantavam cada música e declamavam juntamente com o artista que conduz o evento, cada poesia.

A sincronia das luzes com a música, com a poesia e até com as brincadeiras deixou o ambiente envolvente.

A mensagem do teatro mágico gira em torno de esperança e novas possibilidades. Memso que pessoalmente eu ache utópico, visto a crueldade de mercado que vivemos, ainda assim, o show emociona e nos faz querer sonhar.

Os músicos são todos de qualidade e as composições são verdadeiras obras de construtivismo poético.

Emtempo de “rebolation e adoração patética”, o teoatro mágico é uma otima opção de arte pela arte. Pensei como seria legal se o Palavrantiga gravasse algo com o Teatro Mágico….ou algo deles.

Bem, é isso…

 

Paz e bem pra todos;

“Só enquanto eu respirar…eu vou lembrar de vc”….

13 abril 2010

Davi mano querido…Paz e bem!

 

Nunca acreditei nakelas historia fantasticas ki o davi contava...mas isso nao vem ao caso...eu amo a vida do davi....que Deus de graça pra ele aguentar agora o isolamento, abandono, calunias, falta de apoio e mentiras que, o povo que antes o admirava, agora irá revelar todo o moralismo cultivado nesses anos de "adoração profetica".... Davi mano querido....fica em paz...vá e não mintas mais... seja perdoado e perdoe-se.....bjao....
gerson

04 abril 2010

Barrabás: O ego histórico do homem caído

No domingo da ressurreição celebramos o momento histórico que marca uma nova era. Sim, a era do Cristo ressurreto. O filho de Deus vencera a morte e agora estava novamente entre os viventes em forma glorificada; cheio de esplendor e autoridade.

Nessa manhã, quando rememoramos esse fato: a ressurreição, eu quero meditar sobre o dia anterior. A ressurreição é o coroamento de uma seqüência de fatos que começaram naquela sexta feira amarga, dolorosa, cruel e sombria. A ressurreição passa por um julgamento injusto, viciado, que desonra em tudo a prática do direito romano, usado ainda hoje como base para estudo dos ordenamentos jurídicos de todo o mundo.

Vemos que o impasse desse julgamento levou os líderes romanos a consultar o povo sobre quem deveria ser solto na oportunidade festiva. Era tradição, e isso com certeza traria mais apoio político para aqueles governadores Romanos. Lemos a seguir o texto no evangelho de Lucas que fala sobre isso: Vejamos:

Lucas 23:13-25

13

¶ E, convocando Pilatos os principais dos sacerdotes, e os magistrados, e o povo,

14

Disse-lhes: Haveis-me apresentado este homem como pervertedor do povo; e eis que, examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho neste homem.

15

Nem mesmo Herodes, porque a ele vos remeti, e eis que não tem feito coisa alguma digna de morte.

16

Castigá-lo-ei, pois, e soltá-lo-ei.

17

E era-lhe necessário soltar-lhes um pela festa.

18

Mas toda a multidão clamou a uma, dizendo: Fora daqui com este, e solta-nos Barrabás.

19

O qual fora lançado na prisão por causa de uma sedição feita na cidade, e de um homicídio.

20

Falou, pois, outra vez Pilatos, querendo soltar a Jesus.

21

Mas eles clamavam em contrário, dizendo: Crucifica-o, crucifica-o.

22

Então ele, pela terceira vez, lhes disse: Mas que mal fez este? Não acho nele culpa alguma de morte. Castigá-lo-ei pois, e soltá-lo-ei.

23

Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E os seus gritos, e os dos principais dos sacerdotes, redobravam.

24

Então Pilatos julgou que devia fazer o que eles pediam.

25

E soltou-lhes o que fora lançado na prisão por uma sedição e homicídio, que era o que pediam; mas entregou Jesus à vontade deles.

Barrabás era o nome de um jovem revoltado com sua sociedade e sua condição de estar subjulgado ao poder romano. Barrabas com certeza conhecia as injustiças cometidas contra seu povo e havia decidido fazer alguma coisa para resolver isso. Barrabás pertencia, quase por certo, aos Zelotes e era membro dos Sicários, os guerrilheiros que pretendiam expulsar a ocupação Romana.

O texto diz que ele estava preso por uma sedição (Motim, revolta) e por um homicídio. A pena para esses crimes era a morte. Geralmente os revoltosos de uma sociedade precisam encontrar formas de custear suas revoltas. Em outros momentos o texto bíblico chama Barrabas de salteador (João 18:40), o que reafirma sua condição de rebelde.

Sua rebeldia encontrava um apoio ideológico na libertação de um povo. Lembre-se que para muitos ele não era um bandido mas um libertador.

Foi observado no século III pelo apologista chamado Orígenes que, em alguns manuscritos, aparece assim a interrogação de Pilatos à multidão:

- Quem quereis que vos solte ? Jesus Barrabás ou Jesus a quem chamam o Messias ?

Veja que os ideais desse homem com certeza seduziam a mente das massas oprimidas pelo Império Romano.

Por outro lado temos Jesus, o filho de Deus, pregando paz, amor ao próximo, tolerância as leis romanas e falando de um reino que não é terreno. Nesta situação era normal que o povo pedisse a libertação de Barrabás e a condenação de Jesus. Era uma questão de lógica.

Fizemos esse retrato mental dessa situação para falar de uma linda verdade espiritual representada nesse texto. O nome barrabas é uma palavra que advem do aramaico, transliterada para o grego, que significa Filho do Pai. Sim, barrabas representava ali todos os filhos de pais naturais. De certa forma ali estava representada os filhos de Adão envoltos no pecado, na contravenção moral, ética e até legal. Você pode dizer, mas eu nunca matei, nunca adulterei....bem, a biblia deixa claro que basta intencionarmos a fazer tais coisas que para Deus é como se já tivéssemos feito. Ali estava o Jesus barrabas... Sim, o libertador de outros na força do braço, na força da auto-ajuda, na força do dinheiro. Ali estava barrabas, o filho do pai natural, que decidiu resolver por conta própria seu destino e sua vida. Ali estava barrabas condenado por si mesmo, e condenado a morte. Ali estavam os filhos de adão mortos em seus próprios pecados.

Ora, mas também ali estava, logo ao lado, o Jesus filho de Deus. Puro, santo, sem pecado, com sede e fome por justiça, obediente a Deus e guardador da palavra de Deus em sua própria carne. Ali estava o filho de Deus....olhando e ouvindo o povo pedir que soltassem o filho do Pai..barrabas.

Meus irmãos, nesse momento acontece um dos momentos mais impressionantes em relação a nossa salvação, pois o que estava condenado por justa causa, agora é liberto, e no mesmo instante o que era sem culpa, assume seu lugar e paga o preço da condenação. Sai o filho do Pai natural, entra o filho de Deus. Sai o injusto da condenação e o justo, puro, santo, é condenado. O homicida é liberto e aquele que havia até mesmo dado vida novamente a mortos assume seu lugar de réu culpado.

Essa é a lógica do sacrifício de Cristo. Deus mesmo decide resolver as mazelas do pecado. Assume o papel de rendentor do povo eleito. Entra na história do homem, como homem, e paga o preço para que os filhos de pais carnais agora fossem chamados de filhos de Deus.

Nessa manhã de domingo, lembramos do momento em que o justo, morto pelos injustos, ressurge da morte e sela de uma vez pro todas o Reino de Deus no coração dos filhos de Deus. Hoje, por causa do Jesus filho de Deus, não somos mais apenas filho de um pai natural, carnal, pecaminoso. Temos a honra e sermos chamado junto com ele de Filho de Deus. Temos o privilégio de sermos considerados em Cristo como povo santo, separado pra Deus.

Que nesse domingo nossos coração estejam repletos de gratidão por Cristo Jesus, o filho primogênito e Deus.

Oremos.